terça-feira, 25 de maio de 2010

RESUMO DA HISTORIA DO ORIENTE MÉDIO

LOCALIZAÇÃO GEOGRÁFICA
          
       Região situada entre o Oriente e Ocidente tendo como referência o Mar Mediterrâneo, o Oriente Médio inclui os países costeiros do Mediterrâneo Oriental (da Turquia ao Egito), a Jordânia, Iraque, Península Arábica, Irã e geralmente o Afeganistão. De forma mais ampla, inclui também o conceito de Oriente Próximo, cuja área não é precisa, abrangendo normalmente a Península de Anatólia, Síria, Líbano, Israel e Palestina. Algumas vezes, integram-se ainda países do subcontinente indiano (principalmente o Paquistão).
         A condição de área de passagem entre as regiões euro-asiática e africana, de um lado, e entre o Mediterrâneo e o Oceano Índico de outro, favoreceu o comércio de caravanas que enfraqueceu-se posteriormente em proveito das rotas marítimas, renovadas pela abertura do canal de Suez em 1869. Mais recentemente, o Oriente Médio surgiu como principal região produtora de petróleo do mundo, tornando-se objeto de rivalidades e conflitos internacionais. Além da economia baseada no petróleo e das fortes desigualdades sociais, a região também apresenta problemas nas uniões tribais e étnicas, na fragilidade das estruturas de governo e, sobretudo na centralização islâmica da vida política.

 A FRAGILIDADE DOS ESTADOS
          
       A maioria dos Estados do Oriente Médio surgiram recentemente, sob influencia do imperialismo franco-britânico, com a queda do Império Turco-Otomano após a primeira guerra mundial em 1918. A fragilidade destes Estados reflete-se nas ameaças pela divisão da sociedade, cujas aspirações são frustradas por governos autoritários de tipo monárquico ( Jordânia, Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos) ou republicano (Síria, Iraque, Turquia, Iêmem).
          Internamente, nesses Estados, a base de poder é limitada a um grupo local ou familiar, segundo princípio dinástico ou pelo encampamento das responsabilidades civis e militares por um grupo religioso, regional ou corporativo.

      A POSIÇÃO DO ISLAMISMO

            Os muçulmanos constituem 95% da população do Oriente Médio, na maioria sunitas, superados pelos xiitas no Irã (90%), no Iraque (55%) e no Líbano (35%). As exceções são Israel, onde 80% da população são judeus; o Líbano, que possuí 40% de cristãos (divididos em 11 confissões) e o Egito, com 8% de coptas. Com absoluta maioria de população muçulmana, muitos países do Oriente Médio concedem um papel oficial ao islamismo, tanto constitucionalmente (caso do Irã após a revolução islâmica em 1979) como no cotidiano privado e familiar.

          Após a Segunda Guerra Mundial(1945), os países do Oriente Médio tentaram relegar a religião somente à esfera privada, através do nacionalismo pan-arabista, cujo maior líder foi o presidente egípcio Gamal Abdel Nasser. Na década de 1970 as massas urbanas e a classe média se afastaram do nacionalismo, adotando o fundamentalismo islâmico, que consolidou-se como ideologia dominante nas últimas décadas do século XX.

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